(foto: Senado Federal)
No longo depoimento do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, surgiram alguns fatos importantes que a população precisa saber de quando ele estava no Ministério. Dois deles: Convocado para uma reunião, ao chegar em Palácio, Mandetta viu que havia um papel (sem timbre da Presidência) com a redação de uma "proposta" de alteração da bula da cloroquina para que o medicamento fosse receitada contra a covid-19.
O ex-ministro não gostou do que viu. Rapidamente, o capitão cloroquina disse que era "apenas uma ideia" e que ela não seria implementada...
Outra: Mandetta viu que o Messias tinha um "aconselhamento paralelo" na área de Saúde. A proposta da bula é uma delas. Ele também notou que em algumas reuniões, um dos filhos do "seu Jair", o vereador Carluxo, estava presente. E fazia várias anotações...
Um resultado disso, desse "gabinete paralelo", é que, na hora em que o então ministro passava todas as recomendações, o comandante do Palácio concordava. Mas... 3 dias depois já fazia tudo diferente.
No mais...foram os senadores bolsonaristas tentando defender o Messias e "provar" que a cloroquina é "boa contra o coronavírus" e os opositores "apertando" o ex-ministro sobre a relação dele com o Palácio do Planalto e por que não foram tomadas medidas mais rígidas para enfrentar a pandemia desde o começo do ano passado.
O senador Rogério Carvalho Santos (PT-SE), que é médico, não fez perguntas. Fez um discurso bem forte, de 15 minutos, colocando todo mundo do governo no mesmo balaio da culpa pelas mais de 400 mil mortes. Inclusive Luiz Henrique Mandetta.
