quarta-feira, 7 de julho de 2021

EX-DIRETOR DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DIZ QUE TRATOU DE VACINAS COM UM PM E COM UM REVERENDO... MAS NEGOU PROPINA

     


      Um cabo da PM e um reverendo: o que eles têm a ver com a vacina contra a covid-19? Em tese... nada. PM é pra dar segurança (mas...física!) para a população... e reverendo também é pra dar segurança (mas...espiritual) para o povo. O PM de Minas Gerais é Luiz Dominghetti,  e o reverendo é Amilton Gomes de Paula. Tanto o policial militar quanto o reverendo vieram com o mesmo sermão: tinham disponibilidade de vacinas pra vender ao governo. Eles se encontraram, em momentos diferentes, com o ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias.
    Olha a coincidência: Dias, em fevereiro, foi tomar um choppinho com um amigo num restaurante em Brasília. Eis que, não se sabe de onde, coincidentemente, aparece no restaurante o coronel Blanco (ex-assessor do Ministério de Saúde) acompanhado do cabo Dominghetti (chamado de "picareta" por Dias na CPI) que faz bico vendendo vacinas nas horas vagas. Isso é proibido pela Polícia Militar mineira. Nesse "choppinho amigo" teria surgido o pedido de Dias para receber propina de 1 dólar por vacina. Isso Dias nega.
    Quanto ao reverendo, ele foi recebido em agenda oficial pelo ex-diretor do Ministério da Saúde, mas com não apresentou "credenciais do fabricante" foi logo dispensado.
    Essa é a narrativa de Roberto Dias.
    Mas...na semana passada, também em depoimento na CPI da Covid, Dominghetti afirmou que Dias realmente pediu vantagem de 1 dólar por dose a ser negociada. Havia, segundo Dominghetti, a possibilidade de negociação de 400 milhões de doses...
    Como Roberto Dias nega propina e afirma que ele não tem nenhuma relação com o deputado Ricardo Barros (PP-PR) e o cabo garante que recebeu o pedido da propina para fazer a transação, senadores da CPI dizem que um dos dois está mentindo.
    Caberia uma acareação na Comissão...