(ilustração: Weberson Santiago/RS)
" ....Outra esquisitice é o fato de a Globo ser completamente chapa-branca no Paraná. Os telejornais da emissora no estado voltaram ao estágio no início dos anos 2000, quando a matriz do Rio de Janeiro interveio no departamento de jornalismo por falta de “imparcialidade” e falta de conexão com a realidade factual na programação do estado. Ou seja, nos bastidores da política a RPCTV é chamada de “RPC do Ratinho” tal a cumplicidade."
Trecho de reportagem do Blog do Esmael, sobre o relacionamento do governador do Paraná com a emissora.
Há um relatório de gastos do governo do estado com publicidade nas emissoras de televisão. Os dados foram apresentados essa semana pelo deputado Requião Filho (MDB) na Assembleia Legislativa:
EMISSORAS DE TV – 2020 – TOTAL DE R$ 39.092.280,25
RPC: R$ 17.652.901,05 – 45%
RIC: R$ 8.996.431,58 – 23%
MASSA: R$ 8.509.978,69 – 22%
BAND: R$ 3.932.968,93 – 10%
EMISSORAS DE TV – 2021 – ATÉ JUNHO TOTAL DE R$ 24.659.201,04
RPC: R$ 11.129.008,05 – 45%
RIC: R$ 5.409.361,97 – 22%
MASSA: R$ 5.215.707,08 – 21%
BAND: R$ 2.905.124,63 – 12%
Bora Pensar! Com as TVs noticiando os assuntos do governo, precisava o Palácio Iguaçu investir tanto em publicidade?
Na época da intervenção, no começo dos anos 2000, os jornalistas da afiliada paranaense "comemoraram" a determinação da Globo: Governador, prefeitos, deputados, senadores e vereadores deveriam ser tratados como "servidores públicos" e não como "amigos da casa". Se fossem dar entrevista era porque havia um assunto relevante para a comunidade e não para "promoção pessoal". Também deveriam ser questionados sobre atos, leis, programas de governo e projetos. Entrevistado era para ser "perguntado" e não para dizer apenas o que quisesse. Sujeito só iria aparecer na telinha se o assunto dele tivesse relevância jornalística.
