O sonho de fazer um curso superior que integre estudantes da América Latina desmoronou em parte com a falta de um alojamento principalmente para alunos de outros países. A Unila - Universidade Federal da Integração Latino Americana - fica em Foz do Iguaçu. A comunidade estudantil cobra a entrega do prédio. A espera vem desde 2018. Ou seja, três anos.
É o que me informa o "Brasil de Fato". Sem ter onde morar, fica difícil manter o que mais se espera dessa universidade: o intercâmbio cultural e educacional dos povos. Um estudante chileno afirmou ao portal: “Cheguei à Unila para viver o sonho de estudar no Brasil e fazer parte do projeto de integração da América Latina. Infelizmente a realidade tem sido outra. Sem acesso à moradia e com muita dificuldade de acesso aos auxílios, precisei vender pão e até mesmo receber cestas básicas para me manter. Eu amo a Unila, mas está cada vez mais difícil me manter estudando”.
De pressão em pressão, de protesto em protesto, a direção da universidade vai estabelecendo novos prazos. O novo prazo venceu há mais de um ano. As habitações que poderiam abrigar 288 alunos continuam vazias.
A assessoria de comunicação da Unila justificou que a abertura ainda depende de algumas etapas:
“Concluído o aspecto físico do alojamento, restam a elaboração e definição das normas de uso, situação em elaboração no momento. Há, ainda, de se levar em conta as restrições causadas pela covid-19, que atrasou vários processos”.
De acordo com a líder do Diretório Estudantil da universidade, Ana Dória, a situação de muitos alunos é preocupante:
"Tem alunos em sérias dificuldades, repúblicas superlotadas. Falam que a pandemia prejudicou a abertura, mas o verdadeiro e único prejudicado com essa demora são os alunos. Justamente em razão da pandemia que esse alojamento precisaria ser entregue o quantos antes”.
A Unila foi criada em 12 de janeiro de 2010 no governo Lula (PT).
O objetivo da universidade:
"Sua missão institucional é a de formar recursos humanos aptos a contribuir com a integração latino-americana, com o desenvolvimento regional e com o intercâmbio cultural, científico e educacional da América Latina, especialmente no Mercado Comum do Sul (Mercosul)."