quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

É BOM SER "CORRESPONDENTE DE GUERRA" NO AR CONDICIONADO...

    


    O "pau quebrando", o "couro comendo", "bomba caindo..." e a cobertura da imprensa brasileira como fica? Num rápido giro nessa manhã de invasão da Ucrânia pela Rússia, vi "correspondentes" brasileiros reportando o começo do conflito. Mas... falando da segurança do escritório e com ar condicionado. Ou: Do jardim de casa ou do jardim da cidade onde moram. Exs: De Londres, de Lisboa ou de Paris.
    O caboclo junta as informações que pega em agências do país onde mora (normalmente aliado à OTAN...), tudo pasteurizado, e manda pelos ares... Pisar no território em pé de guerra, nem pensar... E olha que não dá pra alegar que "a invasão foi inesperada...". Há mais de um mês Putin dava sinais claros de que a ocupação ocorreria.
    Enfim, nessa "zapeada" matinal deu pra ver uma repórter, ao vivo de Nova York na Globo News, passando mais insegurança do que credibilidade: Meio gaguejando, meio tremendo, insegura. Não sei se ela estava com "delay" (retorno da própria voz no ouvido), com frio, com algum problema de saúde ou com falta de segurança por falta de informação. Ou tudo isso junto...
    Há raras e honrosas exceções: Na CNN Brasil vi um repórter ao vivo de Kiev. Até o SBT (sim, companheiros e companheiras! O Sistema Brasileiro de Televisão, tão criticado pelo "descaso" com informações...) estava ao vivo com um jornalista também falando da capital da Ucrânia.
    E o apresentador do SBT mandou o recado final para o repórter:
    "Boa sorte! Se cuide e que Deus te proteja... Fique com Deus!"
    Ninguém de bom senso quer uma guerra. Só uma cobertura honesta e esforçada da imprensa. E com segurança, claro!