segunda-feira, 6 de junho de 2022

REFÉM: QUANDO JORNALISTA É NOTÍCIA

    
(foto: arquivo pessoal)


    A experiência foi muito traumática: Ficar refém - junto com a família - de um rapaz que fugia da polícia. Foi o que aconteceu com o jornalista e radialista Henry Xavier que teve a casa invadida na noite desse domingo.
    Morador de um condomínio no bairro Santa Quitéria em Curitiba, Xavier e 5 parentes ficaram sob a mira da arma do homem que havia trocado tiros com a polícia e ferido um agente.  Com medo de ser morto, exigiu a presença da imprensa. Henry conta que teve a ideia de propor uma "live" da rendição para que muitas outras pessoas acompanhassem, o que daria mais "segurança" ao sujeito que fez a família de refém. 
    Ele topou e cerca de 2.500 pessoas acompanharam, por uma hora, o desfecho do caso.
    Xavier, que é cego - e teve a "live" narrada pela enteada - afirmou:
    "Ouvimos tiros no condomínio e, momentos depois, ele entrou na nossa casa e rendeu todo mundo. Ele estava fugindo da polícia e era o terceiro apartamento que tentava se esconder. O sequestrador estava com muito medo e pedia muito a imprensa. Como falei que era jornalista, sugeri fazer a transmissão ao vivo no Instagram, como uma matéria. Ele aceitou e tudo o que ele queria eu tinha que fazer a falar".
    Segundo a Banda B, rádio para a qual Henry Xavier trabalha, a polícia compareceu ao local porque havia uma denúncia de tráfico de drogas. Foi quando o rapaz reagiu. 
    O final da história foi o esperado: O homem se rendeu. Mas o  radialista deixa um alerta à população: "Deixem as portas sempre trancadas. Ele só entrou no meu apartamento porque a porta estava aberta."