terça-feira, 2 de agosto de 2022

SENDO POBRE, NÃO ENTENDO COMO POBRE PODE DEFENDER PRIVATIZAÇÕES

      


    Brasil, país pobre. Brasil, país de pobres. Alguma novidade?
    Poisintão! Somos uma nação onde tem muito pobre de direita, pobre que pensa que é classe média, classe média que pensa que é rico, pobre que pensa que é amigo de patrão...
    Um país onde prostituta beija na boca...
    Sim, companheiros e companheiras! "Me causa espécie" saber que tem muito pobre que defende privatização. O maior exemplo: Privatizar a Petrobras. Sem estudar o tema, sem conhecer o histórico do setor, pobre acha que é "bão" privatizar a petrolífera brasileira porque "o Bozo e o Guedes falaram que é bão".
    Em primeiro lugar, dizem os especialistas, privatização não garante preço menor dos combustíveis. Pelo contrário. A gente já viu outros setores privatizados ou vendidos parcialmente, que tiveram reajustes altos de tarifas. "Não existe almoço de graça". Nem luz, nem água, nem gás, nem telefone...
    Num país pobre ou em desenvolvimento (ou... em desenvolvimento ou pobre), manter uma política de preços justos (e ajustados) para a população é imprescindível. Obvio que não vai vender abaixo do custo. Mas... já que o governo tem o controle sobre a empresa, mantém uma margem de lucro razoável para remunerar os acionistas particulares e pratica um valor nos combustíveis que seja suportável pelo povão.
    E tem muito povão que tem aquele raciocínio estreito: "Ahhhh... se a escola vai mal, privatiza a Educação!".... "Ahhhh... privatiza a saúde!"
    Saúde e Educação são bens públicos. Precisa é cobrar melhorias.
    Se bobear, o Brasil embarca na canoa do Chile da era Pinochet. Quando o neoliberalismo tomou conta de toda a economia (com escolas e saúde pagas!) a coisa chegou a um ponto insuportável que os chilenos mudaram o governo: Passou a ter um comando progressista.
    Repito: Sendo pobre, não sei como pobres podem defender a privatização de bens que garantem a sobrevivência da população.
    Mesma coisa aconteceu na reforma trabalhista e na reforma da Previdência: Trabalhador defendendo (achando que era "moderno") medidas que prejudicariam a classe trabalhadora. 
    Todo mundo que é empregado, que trabalha com carteira assinada (ou não!) é pobre.