Ela acusa, ele se defende. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, acusou o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, de assédio sexual contra ela. Anielle relatou o fato ao governo. Mas, em público, permanece em silêncio.
Uma história que parece ser inacreditável. Mas a denúncia foi feita. E como diz o ministro - que afirma ser inocente - "toda e qualquer denúncia deve ser investigada".
De acordo com a colunista Monica Bergamo, "o assédio incluiria toque nas pernas, beijos inapropriados e expressões de conteúdo sexual". As denúncias foram publicadas pelo jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles e do ICL Notícias.
Sílvio Almeida divulgou uma nota repudiando a denúncia. Na defesa pública, ele afirma:
Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim.
Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.
Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.
Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso".
Ainda de acordo com Bergamo, O presidente Lula (PT) vai se reunir - separadamente - com Arielle Franco e com Sílvio Almeida. Ele deve deixar o cargo hoje.
Ontem, a primeira-dama Janja publicou uma foto dando um beijo em Arielle.