Manchete do UOL. O estudo é do Banco Central. É um perfil dos apostadores e a conclusão é estarrecedora: 5 milhões ("repita!") 5 milhões de apostadores são beneficiários do Bolsa Família. E apenas no mês de agosto, no mês passado, eles gastaram 3 bilhões de reais na jogatina eletrônica conhecida como Bet.
Ou seja, deixaram de comprar comida, deixaram de pagar aluguel, deixaram de pagar estudos pra apostar em jogo de azar. De acordo com o BC, o total apostado por brasileiros (pobres, remediados e ricos) também só no mês de agosto chegou a quase 21 bilhões de reais. A maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos. Detalhe: Os mais jovens destinam menos dinheiro (em média, 100 reais/mês) e os mais velhos mais grana (em torno de 3 mil reais/mês). Deve ter a ver com o fato da pessoa estar empregada...
Esses 3 bilhões de reais destinados à jogatina eletrônica representam um pouco mais de 20% de tudo o que o governo repassou de Bolsa Família em agosto passado: 14,1 bilhões de reais.
O que é preciso fazer?
Em primeiro lugar, proibir propaganda das Bets. Já tem parlamentar que encaminhou projeto de lei para o Congresso, nesse sentido. Esse jogo virou uma doença, vicia como cigarro e bebida alcoólica. Virou epidemia. A vacina contra essa epidemia é proibição dessa publicidade.
Em segundo lugar, o poder público notificar essas empresas sobre as denúncias que muitos apostadores já fazem. Mas sabe qual é o problema? Segundo o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, esses cassinos eletrônicos não têm sede nem representante legal no Brasil.
Mas ele afirma que a partir de primeiro de outubro, isso deverá melhorar um pouco: A partir dessa data, empresas sem autorização não poderão atuar no país. Elas precisarão do domínio bet.br .
Esperemos. Mas não apostemos!