O presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos/PB), 35 anos, saiu com imagem de, digamos, embotado da história da invasão da mesa. Nos bastidores (políticos e jornalistas) afirmam que o nobre parlamentar não teve pulso firme para limpar a mesa dos invasores. E que eles só deixaram o local por interferência de Arthur Lira (PP/AL).
Para não saírem mal da invasão, os extremistas disseram que foi feito um acordo: Que a anistia dos golpistas seria colocada em votação. Deputados de esquerda afirmam: Não tem acordo nenhum. É papo, segundo eles, só para mostrar ao gado que eles (bozonaristas) não ficaram sem nada pra acabar com a baderna que aprontaram.
Diante do espetáculo patético da extrema direita -e de uma posição mais firme de Motta - lembro dos tempos em que havia ordem na casa e um comando perseverante. Falo do deputado federal Ulysses Guimarães que presidiu a Câmara por 4 anos. Nesse período (1985-1989), comandou a elaboração da Constituição Brasileira de 1988. Por isso era chamado de "Senhor Constituinte". Outra forma era "Doutor Ulysses".
Formado em Direito, intelectual, foi professor de Direito Internacional e escritor. Era um combativo opositor da ditadura militar. Nasceu em 1916 e morreu em 1992.
Deixou frases memoráveis que são lições de política e de humanismo.
"Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo".
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"O segredo da felicidade é fazer do seu dever o seu prazer".
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"A impaciência é uma das faces da estupidez".
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"Na política, e em certos aspectos, os mortos governam os vivos".
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"O inimigo mortal do homem é a miséria. Não há pior discriminação do que a miséria. Mais miserável do que os miseráveis é a sociedade que não combate a miséria".
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"Traidor da Constituição é traidor da pátria!"
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"Está achando ruim essa composição do Congresso? Então espera a próxima. Será pior...e pior...e pior..."
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"A Constituição deve ser - e será - o instrumento jurídico para o exercício da liberdade e da plena realização do homem brasileiro".
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"Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública".
