Deu no New York Times (um dos principais - se não for o principal...) jornais dos Estados Unidos, e em todos os outros grandes jornais do planeta: A tragédia enorme na pequena Rio Bonito do Iguaçu no sudoeste do Paraná. 5 mortos e cerca de 430 feridos pelo tornado que atingiu em cheio a cidade e a destruiu praticamente por completo. Segundo a defesa civil, cerca de 90% do lugar foram arrasados pela fúria do vento.
E de tornados os americanos entendem muito. São aproximadamente 1.200 por ano. É a maior quantidade num mesmo país no mundo. Lá chegam a ocorrer tornados nas escalas F4 de F5 na escala Fujita. Na escala F4 são ventos de 267 a 321 quilômetros por hora. Na escala F5, superiores a 322 quilômetros por hora. E aí, literalmente, o céu é o limite....
Pra se ter uma ideia, os meteorologistas classificaram o tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu como F3 ou seja, com velocidade de até 250 quilômetros por hora. E a gente viu os estragos que causaram.
Nos Estados Unidos, são registradas quase 100 mortes e cerca de 1500 pessoas feridas, todo ano, por tornados. E por que eles ocorrem com tanta frequência no país? Segundo os cientistas, por que os EUA possuem um enorme núcleo interno plano (um território com planícies imensas) que aquece facilmente, forçando o ar carregado de umidade para cima rapidamente.
Como esse fenômeno (infelizmente!) já é tradição, a maioria das pessoas morre, de acordo com a NOAA - Administração Nacional Oceânica e Atmosférica - por não seguirem as instruções sobre o que fazer numa situações dessas; algumas nem recebem o aviso da chegada da tempestade severa; e outras são avisadas, mas não acreditam que o tornado está vindo.
TORNADOS: O QUE APRENDER COM OS AMERICANOS
Por sofrerem muito - e todos os anos - com esse fenômeno, os americanos já tem um manual de sobrevivência. São atitudes que os brasileiros poderiam começar a adotar, porque o tempo extremo (com tornados) parece ser um fenômeno que começa a chegar para ficar.
Veja o que eles fazem:
Ações durante um tornado
- Abrigo interno: O lugar mais seguro é um porão. Caso não tenha um porão, procure um cômodo interno sem janelas no andar mais baixo, como um banheiro ou armário.
- Proteção adicional: Fique embaixo de uma mesa resistente ou se cubra com colchões, cobertores grossos ou até mesmo um latão de lixo para se proteger de destroços.
- Em área aberta: Se estiver ao ar livre e não houver abrigo por perto, deite-se em uma vala ou depressão do terreno e cubra a cabeça e o pescoço com as mãos.
- Evite locais arriscados: Não se abrigue em carros, casas pré-fabricadas ou coberturas metálicas frágeis. Também evite áreas com linhas de energia caídas ou proximidade de torres de transmissão.
Ações pós-tornado
- Comunicação: Use mensagens de texto em vez de chamadas de voz para manter as linhas livres para emergências.
- Atenção: Fique atento às orientações das autoridades locais e evite áreas de desastre, mantendo-se afastado de linhas de energia caídas ou fiação quebrada.
- Limpeza: Use equipamentos de segurança adequados, como luvas e sapatos de sola grossa, ao limpar destroços.
