Tosco, grosseiro, sem educação, sem controle mental, sem decoro.. Não quebrou o decoro. Ele implodiu o decoro com uma tonelada de dinamite.
Totalmente descontrolado por causa das acusações contra o clã, "seu Jair" atendeu (se é que aquilo se pode chamar de atendeu...) jornalistas na frente do Palácio da Alvorada e mandou a borduna nos velhos e novos homens de imprensa.
Para um repórter afirmou:
---- "Você tem uma cara de homossexual terrível. Mas nem por isso te acuso de ser homossexual..."
Para outro, disse:
---- "Ô, rapaz, pergunta pra tua mãe o comprovante que ela deu pro teu pai!"!
Bora Pensar! Até a velha imprensa (que é de direita...) já defende o afastamento do presidente. Em editorial, o jornal "O Estado de S. Paulo", porta-voz do conservadores, tascou:
"Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro, sob aplausos dos simpatizantes que ali estavam, ofendeu jornalistas que o questionaram, acusou sem provas o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de manipular o caso para prejudicá-lo e insinuou que o juiz do processo tem interesse em fazer as vontades do governador, já que uma filha do magistrado é funcionária do Estado.
[...] No entanto, o que se testemunhou ontem à saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, foi muito além do tolerável até para o grosseiro padrão do bolsonarismo. Já seria indecoroso mesmo se Bolsonaro fosse apenas um deputado federal do baixo clero; como presidente da República, tal comportamento envergonha os cidadãos e enxovalha o País.
[...] Nada justifica que o presidente tenha se dirigido a jornalistas da forma como fez, com ofensas ginasianas a respeito da sexualidade de um repórter e do comportamento da mãe de outro.
[...] Bolsonaro antagoniza a imprensa com o objetivo de desmoralizar o noticiário que lhe é desfavorável ."
O que dá pra concluir é que ele cometeu, "no mínimo", assédio moral contra os jornalistas.
Já há quem defenda não só o impeachment, mas a "interdição" do "seu Jair". É o caso do jornalista Reinaldo Azevedo:
"Sim, estou convencido de que Bolsonaro tem um problema que é clínico. Suas respostas, a meu juízo, o evidenciam com clareza. Ocupa, no entanto, um lugar de quem está obrigado a responder por seus atos. O único remédio que o institucionalidade tem de ministrar a ele é o triunfo da lei. O Brasil não pode se transformar em seu hospício privado."
Abaixo o vídeo com trechos nos quais Bolsonaro dispara sua metralhadora de ofensas contra repórteres. Ao lado dele, a turma de seguidores...
(fonte: Youtube/UOL)
