É uma Sessão da Tarde mas com "upgrade". Um filme honesto naquilo que se propõe. A entrega é exatamente daquilo que se anuncia. É pancadaria, perseguições, torturas, tiroteios. Mas tudo produzido dentro do "padrão de qualidade" esperado. E além disso, vem com a luxuosa participação de Michael Keaton.
Falamos de "O Assassino: Primeiro Alvo" (EUA, 2017, disponível na Netflix).
A história: Mitch Rapp (Dylan O'Brien, da trilogia adolescente "Maze Runner") é apenas um jovenzinho apaixonado que está de férias em Ibiza com a namoradinha que ele pretende pedir em casamento na praia. Mas... um ataque terrorista deixa vários mortos no resort à beira-mar. Entre as vítimas, a moça.
Abalado com a tragédia, Rapp passa de um simples Zé Ruela a uma "máquina mortífera" em busca de vingança sanguinária pelo assassinato de sua amada. O estilo "dê porrada primeiro e pergunte depois... e atire primeiro antes de fazer perguntas", chama a atenção da CIA, que está montando uma turma de "assassinos secretos" que viajam a vários países pra acabar com células terroristas que ameaçam o "american way of life"...
Mas como o rapaz (com toda aquela ira guardada) é tão gentil quanto o elefante na loja de cristais, a turma da CIA não dá conta de tanta adrenalina e mandam o piá pra ser treinado por Stan Hurley (Michael Keaton). Hurley é o "clássico" personagem desse tipo de filme: Apesar de velhão (não é velhofobia, minha gente!), ainda tá fortão e dá conta do recado pra bater na gurizada.
Aprovado no "cursinho do tio Hurley", onde tomou e deu muita porrada, Rapp comprova que "não existe almoço de graça": Ele vai ter de usar suas "habilidades" de assassino frio e cruel numa missão que envolve o roubo de uma carga de plutônio, um ex-aluno de Hurley, um mercenário que passou para o "lado sombrio da força" conhecido como "Fantasma" (Taylor Kitsch), e o governo iraniano.
O filme dirigido por Michael Cuesta (que dirigiu algumas séries conhecidas da TV a Cabo, entre elas "Homeland" e "Dexter") além de boas cenas de ação, traz um "charme". Foi filmado em algumas capitais europeias: Roma, Istambul, Londres e Varsóvia. Naquela sequência de "viagens" que lembram produções como "Missão Impossível" e "007".
A produção é baseada numa série de livros escritos pelo americano Vince Flynn sobre o personagem Mitch Rapp. Os livros venderam pra caramba: calcula-se algo em torno de 20 milhões de exemplares.
Nada mais lógico que o fim de "O Assassino" deixa-se uma porta aberta para uma (possível) continuação. Ou... uma porta de elevador que se fecha antes do "The End".
A turma reunida: A ordem é "apagar" o alvo...
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Casal de espiões: Pode ser amor... mas pode ser dor!
