O transatlântico Titanic já está ligado a, pelo menos, duas tragédias. A própria (em 14 de abril de 1912) quando se arrebentou contra um iceberg e quase 1.500 pessoas morreram no acidente. A outra, agora em junho de 2023, quando o submersível Titan implodiu com a pressão da água matando 5 pessoas. O equipamento pertencia à OceanGate, empresa americana especializada em pesquisa e em turismo submarino.
É de conhecimento mundial que James Cameron também é um entusiasta da história do Titanic. O diretor de cinema desceu 33 vezes até os destroços do transatlântico para produzir o filme que foi lançado em 1997. Ué, mas então é seguro fazer essa viagem a 3.800 metros de profundidade até o navio naufragado há exatos 111 anos?
Sim! Desde que se utilize o equipamento adequado. Cameron foi a bordo do submarino MIR sob responsabilidade da Academia de Ciência Russa. Construído em 1987 em aço e níquel, tinha uma capacidade de de descer até 6 mil metros de profundidade. Lembremos que o Titanic está a 3.800 metros no fundo do mar. O MIR foi feito por uma empresa da Finlândia. A cabine tinha uma espessura de 5 centímetros. Media 7 metros e 80 centímetros e pesava 18 toneladas e 600 quilos.
A segurança era uma prioridade no MIR com um sistema ininterrupto de comunicação com a superfície. Depois dele veio o MIR 2 equipado com sonar com alcance de 250 metros. A distância até o fundo do mar também era medida com precisão.
Os dois submarinos já estão fora de linha. Ou do mar.
O submarino MIR usado por Cameron
O submersível que implodiu