"Já perdi a conta do número de vezes em que alguém insinuou que eu era burra ou não tinha nenhum conhecimento. Eu estudei astrofísica, fui bolsista pelas Olimpíadas de Matemática. Eu só andava com os meninos que gostavam de ciência e sempre tive muito contato com o machismo porque as pessoas não entendiam como uma menina gostava de ciências. E toda vez tentavam dizer que eu não era tão boa por ser uma menina.
Então, quando eu entro no Congresso e sou chamada de burra, delinquente, débil mental e outras coisas que já me chamaram em plenário… É um risco muito fácil você acreditar porque está todo mundo dizendo que você não é boa o suficiente.
Tem assédio, as pessoas chegam e perguntam se sou casada no meio de uma votação, vêm me tocar de uma maneira que não é adequada para uma parlamentar. É um ambiente muito arisco para as mulheres. As pessoas não te encaixam ali e querem te expulsar e convencer que você não deveria estar ali."
Tabata Amaral, deputada federal pelo PDT de São Paulo. Na Comissão de Educação da Câmara, ela confrontou o ministro Ricardo Vélez e afirmou que ele não tinha projetos para o Ministério. Esse é um trecho de entrevista da parlamentar à BBC News Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.