Ele era um político que também era jornalista. Ou um jornalista que também era político. Sylvio Sebastiani morreu, aos 92 anos, nessa quinta-feira em Curitiba. Paulista de Batatais, onde nasceu em 1929, mas curitibano por opção desde 1946, viveu a política na cobertura jornalística e, também, na vida partidária. Foi um dos fundadores do MDB em 1966. A militância no "velho MDB de guerra" virou um livro: "Por Dentro do MDB" que ele lançou em 1992.
No Jornalismo trabalhou em vários meios de comunicação da capital: jornais Correio de Notícias e Diário Indústria & Comércio e TV Paraná Canal 6 (atual CNT). Também trabalhou em rádios e escreveu 4 livros.
Considerado uma "enciclopédia" da política paranaense, Sebastiani lançou, há 9 anos, a autobiografia "Um nome, muitas histórias" escrito em parceria com Sandra Klippel. Afirmava que a obra era "em defesa da ética na política". E sentenciou no livro:
"Nunca falei mentiras. Já eles, não tenho certeza!"
Mas não foi um só um lutador pela ética na política. Ele - literalmente - foi um lutador na vida. É o que nos contou o jornalista Fábio Campanha (que também morreu em 2021) em seu blog em julho de 2009, quando Sebastiani completou 80 anos. Campana escreveu:
"O que nem todos sabem é que antes da peleja política, Sebastiani se dedicou a outro combate. Foi lutador de físico atlético que fez sucesso nos ringues de luta livre em todo o Brasil. Ele era também um verdadeiro craque do jiu-jitsu".
Fato é, minha amiga/meu amigo, que o Paraná fica muito mais pobre na política e no Jornalismo (cada dia mais esfacelado) com as partidas de Sylvio Sebastiani, Fábio Campana e Cícero Cattani. Os 3 nos deixaram em 2021. Deixam uma lacuna enorme. Que não será preenchida.
Abaixo, fotos de Sebastiani, o lutador: