Palavras da atriz britânica Helen Mirren para a Saga Magazine. Mirren está no filme "O Clube do Crime das Quintas-Feiras", que estreia dia 28 de agosto na Netflix. A atriz trabalha com o ex-007 Pierce Brosnan. Ela faz uma ex-espiã que não é uma "Jamie" Bond....
O mundo aguarda a definição do nome do novo ator que vai incorporar o agente que tem liberdade para matar a serviço de sua majestade. Enquanto ele não é definido (tá mais difícil que escolher o Papa...cadê o novo agente, Amazon MGM Studios? Cadê a fumacinha branca?)
Enquanto esse nome não surge, os terráqueos levantam as mais criativas hipóteses. A começar pela estrela e grande dama do teatro e cinema da Inglaterra, a premiada Helen Mirren que, por sinal, fala com propriedade, com conhecimento de causa, porque é uma conceituada atriz profissional. Para ela - assim como para parte do grande público - o novo 007 precisa ser um homem...
E é natural que se possa pensar assim. Afinal, Bond surgiu como personagem homem criado nos livros de Iam Fleming (1908-1964).
Mas um dos esportes preferidos de quem gosta dos livros e da série de filmes sobre o agente é saber como e quando ele deve mudar de aparência e de... gênero? Talvez?
O mundo do cinema já ficou "chocado" quando Daniel Craig, 57 anos, assumiu o personagem em 2006. Ao contrário de todo os Bonds anteriores (morenos, altos, de cabelos e olhos castanhos), o novo não seguia esse perfil: Era considerado de estatura mediana para os padrões de Hollywood ("apenas" 1,78m) e com cabelos loiros e olhos azuis.
Agora se comenta que o Bond - que estar por vir - pode ser um negro. Quem sabe um oriental? A aposta num ator de pele negra está mais forte, por exemplo, do que ser uma mulher. Os estúdios são normalmente conservadores ("não se mexe em time que está ganhando") e, como afirmou Helen Mirren: James Bond tem que ser homem, se não, "vira outra coisa". Quer dizer, não será o lendário personagem.
Esse papo de botequim e de "casas de apostas" só vai acabar quando surgir a fumacinha branca... até lá, vamos lembrando de quem já vestiu esse personagem. O documentário "007 O Espião Que Eu Amo" (2021), que dá pra assistir de graça no streaming "Mercado Play" (que é de graça...) traz algumas curiosidades.
Por exemplo: o escocês Sean Connery (1930-2020) não era o preferido de Iam Fleming. Ele queria alguém mais "descontraído". Mas, depois que viu Connery atuar no papel, afirmou que não via mais nenhum ator que pudesse interpretá-lo.
George Lazenby, 85 anos, foi o segundo e só fez um filme da franquia. Há quem diga que isso aconteceu porque ele era "ruim". Balela. O próprio Lazenby uma vez contou: "Meu agente achava que o personagem não tinha futuro, que não daria certo nos anos 70. Eu mesmo não acreditava". Pelo jeito, só o estúdio acreditava. Convidou George pra assinar para mais 6 filmes mas ele não topou.
Com a desistência de Lazenby, Conery voltou para fazer mais um filme da franquia.
Depois vieram: Roger Moore (1927-2017) - esse sim tinha o bom humor e a ironia que Fleming pedia no começo...- que fez 7 filmes. Seguido por Timothy Dalton, 79 anos, que interpretou Bond duas vezes. O "problema" dele é que ele tinha uma formação muito teatral, "shakesperiana", que não "casava" com 007. Por isso, apesar de uma grande competência técnica, foi considerado o Bond mais "sombrio", mais "frio".
Aí veio Pierce Brosnan, 72 anos, que participou de 4 produções. Não queria fazer mais. Mas declarou: "Não tenho interesse. Mas se o estúdio me pedir, faço de novo".
O estúdio não pediu e quem veio foi Daniel Craig, 57 anos. A ideia dos produtores era dar uma modernizada em James Bond: Mais atual, realista, falível em alguns momentos. Ou seja, um ser humano. A crítica e o público aplaudiram.
Craig interpretou 007 em 5 filmes. O primeiro, "Cassino Royale" (2006) e o último, "007 - Sem Tempo Para Morrer" (2021).
Esse foi o 25º filme da franquia.
De volta ao começo... o documentário mostra que o último filme que John Kennedy assistiu na Casa Branca, em 1963, antes de embarcar para Dallas naquele fatal 22 de novembro, foi "Moscou Contra 007". E por falar nisso, Kennedy uma vez declarou que o livro de Iam Fleming ("From Rússia With Love", publicado em 1957, que deu origem ao filme) era um dos 10 livros preferidos dele.
O planeta Terra espera surgir o novo James Bond. Uma coisa que deu para notar é que, agora, os atores não ficam muitos anos fazendo o personagem. Mesmo porque ele não é idoso. É de meia idade.
Isso pra não acontecer o que aconteceu com Roger Moore. Ele ficou 12 anos no papel, mas começou mais velho do que Craig. Largou com 58 anos. O estúdio queria que continuasse.
Mas ele foi sincerão e disse: "Não dá mais! As bondgirls já são mais novas do que as minhas netas".