A quem interessar possa: Boletim divulgado na noite dessa sexta-feira pela equipe médica afirma que o Messias está "se recuperando bem". Uma tomografia detectou uma "melhora" na obstrução intestinal. Mas não é esse o assunto. Duas coisas chamaram a atenção nessa semana: Desde o primeiro dia de internação quando o sujeito estava bem "malecho", como diz o caboclo, ele não para de interagir nas redes sociais. Claro que torpedeando adversários.
Os principais alvos: O PT e Lula, virtual adversário mais forte nas eleições do ano que vem. Numa publicação desde sábado, compartilha um vídeo postado por Luciano "Véio da Havan" Hang no qual Lula aparece elogiando Fidel Castro, ex-presidente cubano. O vídeo também faz referência aos recentes protestos na "Ilha de Fidel" (que, aliás, teriam sido incitados por Joe Biden).... O Messias se comporta como se o Brasil fosse uma Noruega, país com melhor IDH do mundo...
Sempre fica a dúvida: É o Messias que faz as publicações? Parece que nem sempre é. Principalmente naqueles momentos mais graves da enfermidade. Há desconfianças. E parece que tem gente que usou a rede social e "deixou impressões digitais": Carluxo não se conteve e comentou na postagem do "papi".
O que também chama a atenção é o comportamento do capitão cloroquina dentro do hospital: Num momento de pandemia com 540 mil mortos (mais de meio milhão!), ele, sem máscara, visita outros pacientes, se aproxima, tira fotos e passeia pelos corredores arrastando um tripé com soro e tubos ligados ao corpo. Não arrasta correntes, mas remédios.
E o hospital? Não deveria todo mundo estar com máscara e mantendo o distanciamento de outras pessoas? A assessoria de imprensa afirma que segue os procedimentos indicados pela Organização Mundial de Saúde, mas que a conduta do Messias é de "responsabilidade" da segurança dele.
Mas se ele está em um hospital, deve seguir as regras do lugar e não criar regras próprias, não é mesmo? Afinal, quem manda, por exemplo, num avião? Se o piloto determina que todos os passageiros devem usar cinto de segurança, a ordem deve ser seguida.
O Brasil se tornou a terra dos zumbis. Os zumbis eleitores que adoram um "mito" que, na verdade, "mita" só para o próprio clã. Para o povão não é "mito". É "minto".
Ao arrastar tripé com soro pelos corredores, ele tenta arrastar junto a opinião pública. Como disse o jornalista Xico Sá, é "a política do coitadismo patriótico".
