segunda-feira, 28 de março de 2022

LEITE DEIXA O GOVERNO DO RS: SONHO EM SER O "NOVO AMOÊDO"?


      Eduardo Leite (PSDB) anunciou a renúncia, na tarde dessa segunda-feira, ao governo do Rio Grande do Sul. Mas ele diz que fica no partido. O vice, também tucano, Ranolfo Vieira Junior, deve assumir o cargo na próxima quinta-feira, 31.
    Num pronunciamento gravado em vídeo, Leite diz que sai para respeitar a legislação eleitoral e que se sente "preparado para ser presidente". Bora lembrar que as prévias do partido escolheram o governador de São Paulo, João Doria, como o candidato ao Planalto.
    Mas... o (ainda) governador gaúcho disse que "respeita" a decisão das prévias, mas que é preciso um "projeto de futuro" para o Brasil. Ele se coloca "à disposição" do PSDB caso o partido entenda que ele pode ser o "melhor nome" para concorrer. Apesar disso, afirma que "não se trata de um projeto pessoal".
    A impressão que dá: Ele "aposta" que a candidatura de Doria não vai continuar empolgando e que não "decolará". Na pesquisa Datafolha divulgada essa semana, o governador de São Paulo aparece com pífios 2% das intenções de voto, em quinto lugar na corrida.
    Leite deve tentar "atazanar" a vida de Doria para convencer os caciques tucanos de que ele pode ser a melhor alternativa do partido. Também se viabilizar como a terceira via tão sonhada pela classe média e a imprensa vetusta.
    Seria o sonho de ser o "João Amoêdo de 2022"? Em 2018, Amoêdo (Novo) "preenchia os quesitos" pedidos pelos ricos, classe média e mídia conservadora. Só que não empolgou o povão. Terminou a eleição presidencial em quinto lugar com apenas 2,5% dos votos válidos.
    O que Eduardo Leite poderia fazer diferente para se qualificar para a disputa? O que teria de divergente de Doria e Amoêdo, por exemplo? 
     O que apresentaria para empolgar o eleitor? O gaúcho traria um chimarrão com erva mate muito especial para "fazer a cabeça" dos votantes?